quinta-feira, 19 de novembro de 2009


Hoje se comemora o Dia da Bandeira. Bom começar o dia com civismo.

Vamos de descontração: VALEU FLUZÃO !!! (O processo de tramitação do PCS e o Fluminense produzindo altas doses de suspense, não sei se o coração agüenta).

Direto ao ponto:

POLICIAL DO FUTURO
Adrimar Cruz, aluno do TecSOP dá o seu testemunho da importância do curso e faz uma observação que seus colegas, ao falarem do curso, aumentam sobre as dificuldades, o que assustaria e afastaria outros policiais militares do desafio.

Existe aí o reconhecimento da importância do curso aliado ao fato de que é necessário esforço. Ao exagerar nos comentários os alunos estão dando uma espécie de trote e valorizando o que fazem. Compreensível. Mas concordo que ao invés de falar das dificuldades, se falasse dos avanços, produziria mais motivação. Estamos precisando mexer com o pessoal no sentido de que fiquem motivados. Existe muito medo do desconhecido.

O Jalson indaga se poderia participar do projeto de bolsas do TecSOP porque considera o curso muito bom e importante, mas ele já possui curso superior.
Jalson, compartilho do seu entendimento de que esse projeto deveria ampliar seu alcance. Todavia há questões relacionadas ao financiamento do projeto e como há um princípio da economia que preconiza que as demandas são ilimitadas e os recursos são escassos, foi necessário implementar o projeto de maneira seletiva para atender os interesses da instituição em ter todos seus integrantes graduados em nível superior.
Assim, neste momento, não é possível conceder bolsa para quem já possui curso superior. No futuro poderá ser possível. Agora, o curso é universal e franqueado a todos. Cursar é possível e até desejável, somente não há condições de conceder o regime de bolsas da PMDF. Agentes penitenciários, bombeiros, policiais civis, estudantes de várias origens fazem o curso mas pagam por ele.


PROJEÇÕES

O Pedro aborda também a questão das projeções. Está convencido que vai demorar um pouco mais, porém demonstra otimismo.
Realmente fazer projeções é um exercício temerário nesse momento. Precisamos dar tempo ao tempo, consolidar os processos, verificar os movimentos nos quadros, estudar a lei, para somente então tentar projetar com alguma segurança.
Os princípios e modificações indicam o caminho de que a coisa vai melhorar muito para todo mundo. Precisamos mais adiante medir o quanto.
Parabéns Pedro, continue estudando e se interessando por sua carreira. Isso lhe dará confiança e não criará falsas esperanças nas projeções mirabolantes.

SERVIÇO OPERACIONAL DO QOPMA
Agnaldo regressa com uma questão sobre a qual já havíamos comentado antes. Reproduzo o comentário do dia 14 de novembro:
SERVIÇO OPERACIONAL PARA O QOPMA
O comentarista Orcione fez uma interpretação literal da regra e questionou se a norma de atividade operacional seria aplicada somente aos atuais integrantes do quadro, ficando de fora os futuros integrantes.

O parágrafo único do artigo 57 é conseqüência da emenda que reunificou o QOPMA, que na versão original previa dois quadros: combatente e administrativo.

Concordo que para o quadro e para seus integrantes ficou melhor a unificação. Todavia ficou uma demanda para a supervisão do serviço operacional, já que as vagas aumentadas ao QOPMA foram diminuídas do QOPM.
O dispositivo colocado na lei foi exatamente o que esqueceram de colocar no PL 5664/2009 quando saiu da Câmara e foi para o Senado. Então retificaram no dia da votação no Senado.

Para mim ficou a interpretação de que os atuais ocupantes do QOPMA podem ser empregados também em atividades operacionais e os futuros integrantes terão suas atividades reguladas pelo desdobramento da LOB, RLOB, Regulamento de Atribuições e plano de articulação. Ou seja, esse dispositivo tem um efeito imediato a critério do Comando da Corporação, como já possuía antes, já que tais atividades eram reguladas por Decreto do GDF e portaria do Comando Geral, podendo ser revogadas ou retificadas a qualquer momento.

Para mim o que definirá as funções de todos integrantes da corporação serão o novo QOD e o regulamento de atribuições e competências.

O que desde já ficou estabelecido é que não existe reserva de mercado de área de atuação, a não ser quando a qualificação profissional determinar requisito para o desempenho da função, como no caso dos médicos e dentistas, por exemplo.

Esse é um passo importante para que no futuro tenhamos o ingresso único. As condições estão sendo semeadas e em boa hora.


PEC 300

Camelo e Paulo fazem comentários sobre o Projeto de Emenda Constitucional e solicitam opinião sobre o tema.

A PEC 300 é um projeto de autoria do Deputado Federal Arnaldo Faria de Sá, que foi assessorado por um Subtenente da Policia Militar do Estado de São Paulo.

No Congresso o clima é bastante sensível à proposta, discursos inflamados, etc e tal.

Em minha opinião o projeto contém um problema que se refere ao pacto federativo. O que isso quer dizer? A competência constitucional de organizar e manter as polícias nos estados é de cada estado. Assim, lei federal que estabeleça a vinculação pretendida criaria obrigação para o estado de um tema para o qual ele possui autonomia. Diferentemente do que ocorre com o Distrito Federal, cuja competência é atribuída à União.

Como idéia geral não podemos condenar a iniciativa em beneficiar as coirmãs. Entretanto se isso ocorresse seria o caos para a PMDF, já que nos transformaríamos em um imenso paquiderme que ao pleitear R$ 1,00 de reajuste teria um impacto financeiro assustador.

O Presidente Lula no dia 06 de novembro tocou nessa ferida, e já avisou que nossa condição é especial e que não daria para todos os estados da federação adotarem o mesmo tratamento. Ou seja, já avisou que não vai pagar a conta, que ao final é o que interessa.

O movimento nacional das Polícias Militares encabeçado agora pelo Deputado Patrício está se mobilizando em torno dessa proposta. Para mim é um discurso demagógico que só vai gerar revolta e frustrações.

Em caso análogo, foi criado o piso nacional para os professores de R$ 900,00. O Governo Federal administra um fundo para ajudar os estados a pagarem esse piso. Governadores dos estados ingressam com ações no STF para fugir da regra e alegam suas autonomias em gerir as políticas de seus estados. Que dirá se tiverem que pagar cerca de R$ 4.000,00 para os policiais militares.

Questões que gravitam em torno do tema: Por que somente os policiais militares? Por que não também os civis?

Observem que se ficarmos nessa lógica de comparação somos os primos ricos. Todavia o referencial da PMDF é outra instituição, então somos os primos pobres e desamparados.

Portanto acredito que nossas conquistas terão que ser conseguidas com trabalho, ações, mudanças porque nada vem de graça e essa coisa de pleitear somente porque o vizinho tem melhor que eu é um discurso ineficiente e ineficaz.

BOMBEIRO DO FUTURO
O Zeschau comenta sua alegria ao tomar conhecimento de que o CBMDF está se movimentando para seu projeto de nível superior.

Parabéns CBMDF, parabéns Zeschau. Agarre essa oportunidade com unhas e dentes que vale a pena. O exemplo da PMDF é admirável, acreditem nisso.

Sabiam que existem bombeiros fazendo o Tec SOP por conta própria e estão extremamente satisfeitos? Recebi e-mail de um deles com esse testemunho.

Isso só vem a confirmar o que dissemos anteriormente: o nível superior é um caminho sem volta.

PEC 430 – CELSO RUSSOMANO
João Ricardo comenta o tema.

Começou a tramitar agora em 05 de novembro. O tema não é novo e deve engrossar outras que já estão em tramitação. Não tive tempo ainda de ler toda a proposta. Deve ter um diferencial, mas o eixo da desmilitarização e unificação é manjado no congresso (projetos do Hélio Bicudo, Zulaiê Cobra e outros).

Tenho receio dos projetos que querem salvar o mundo e ser a panacéia para todos os problemas da segurança pública.

Existe um canto da sereia que leva o pescador para se afogar. É o discurso da unificação. Os mais incautos projetam e sonham com o melhor dos mundos no dia seguinte: estará equiparado com os agentes e delegados da polícia civil em termos salariais, vão poder deixar a barba crescer, chamar o superior hierárquico de “você”, poderão estar sindicalizados e fazer greve. É uma simplificação perigosa e enganosa. A sociedade também é levada a acreditar que desaparecerão no mesmo dia os conflitos entre os segmentos das polícias, ou seja, o pessoal do policiamento ostensivo viverá às mil maravilhas com o pessoal da investigação, trânsito, corregedoria, tropas especiais, etc.

Todavia me reservo à prudência de primeiro procurar ler o projeto e depois me manifestar.
O tema não me atemoriza. Quero o que for melhor para a sociedade e para a instituição a que pertenço.

TABELA COMPARATIVA
O Edson encomendou uma tabela comparativa da lei atual com a anterior. Simples assim.
Edson, realmente seria muito bom esse trabalho e lhe devolvo o desafio. Se você tiver tempo para isso produza e divulgamos.
Infelizmente o nosso foco atual e prioritário é produzir toda sorte de regulamentações que precisam ser feitas, e é um trabalho hercúleo, de equipe, envolvendo muitas comissões, coordenações etc.
Considerando a importância do tema, acredito ainda que leitura comparada e levantamento filológico não seja um trabalho fácil.
Valeu o interesse e desculpe-me não poder atendê-lo nesse momento no seu pleito.

ESPAÇO DEMOCRÁTICO + PARTICIPAÇÃO CRESCENTE + SINCERIDADE = MAIS ACESSOS E CONFIANÇA

Os freqüentadores e comentaristas é que estão construindo este espaço. Ele não me pertence, com nunca pertenceu, apenas incentivamos o debate e tentamos discutir os temas de nosso interesse.

Parabéns a todos que aqui comparecem pelo interesse.
Fraternal abraço,
Ricardo Martins

3 comentários:

camelo disse...

Bom dia! Cel. Martins.
Agradeço os esclarecimentos a respeito da PEC 300, e gostaria de agora em diante usa seu blog como canal para possíveis dúvidas a respeito de nossa instituição.

Unknown disse...

Bom dia Coronel,

A iniciativa de criar um ambiente de discussão aberto acerca de questões (quaisquer que sejam!) de nossa Corporação, por si só, indica no sentido da evolução institucional a que temos assistido. Por isso, meu reconhecimento. Marcadamente, a instituição só tem a crescer e se torna mais robusta e sólida com iniciativas desse tipo.
Por outro lado, gostaria de lembrá-lo de uma importante consequência desse caminho que já me parece inexorável: um ambiente dialógico enseja novas formas de convencimento e mobilização. Com isso, dentre diversas implicações possíveis, quero dizer que o blog é, de fato, formador de opinião. As conversas de corredor, as liberações de policiamento, as jornadas de PO, o bate-papo nas viaturas, todos crescentemente têm lembrado tópicos do blog e, por conseguinte, os pensamentos formados aqui. Essa mobilização pode ter, e acho que tem sim, a ver com o PCS. Gostaria de salientar que esse ambiente não pode ser perdido quando arrefecerem as discussões sobre a lei. Novas agendas hão de ser levantadas e induzidas. Por fim, a opinião formada aqui tem um peso decisivo no destino que seguiremos na Corporação. Digo isso em virtude do poder de argumentação que um ambiente assim proporciona, ainda mais quando conduzido de forma justa e aberta. Coronel, o que afirmo é a observação que, cotidianamente, tenho visto sobre as movimentações e os comentários a respeito do blog .

waldomiro santos disse...

O TECSOP não é um curso que se possa considerar "difícil". Infelizmente uma parcela de nosso efetivo é conformista, resignada, desinteressada e tem medo de mudanças. Essa parcela não compreende que a instituição está evoluindo (a passos lentos é verdade, mas está evoluindo). Respeito e reconhecimento (inclusive salarial) só se adquire com muito esforço. Estudar um pouco não mata.

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