sábado, 22 de agosto de 2009



Ontem dia 21 de agosto compareci ao Senado Federal para uma reunião que haveria do fórum das associações com o Senador Cristóvão Buarque. Fiquei preocupado porque percebi que não há unidade no que solicitar ao parlamentar. Imaginava que o pedido de apoio seria para agilizar o processo e conseguir o máximo de celeridade.
O que vi foi uma tentativa desesperada de representantes de associações se cacifarem no processo, tentando marcar território.
Tem gente que comparece ao Gabinete de Deputado, entrega uma emenda qualquer e tira foto de policiais militares com ele e o Deputado querendo demonstrar que todos os policiais estão de acordo com o pedido que fazem. Engodo!
Na verdade percebo que muitas associações não estão legitimadas a apresentarem qualquer emenda ao projeto porque muito provavelmente seus associados querem apenas neste momento agilidade.
Sou associado da ASOF e falei ontem ao seu Presidente pessoalmente que não me considero representado na questão do PL 5664/2009 porque o processo de deliberação para apresentação de emendas foi feito ao arrepio da vontade dos associados. Não tenho conhecimento de que essa à assembléia ou no mínimo a um conselho deliberativo. Fizeram isso com mera participação de alguns membros da Diretoria já que o Conselho Deliberativo está pulverizado.
Estive na reunião na condição de Oficial Superior da PMDF, membro da comissão que relatou o projeto e Chefe da Assessoria Militar da Casa Miltar do GDF. Somente minha condição de oficial da corporação, comprometido com ela, já é suficiente para defender meus pontos de vista. Não tenho procuração de ninguém para defender decisões políticas nem me atreveria a isso. Repito: meu interesse nesse projeto é meramente institucional. Quero ver minha corporação progredir. Não serei promovido e receberei as mesmas vantagens que qualquer outro policial.
Tenho consciência de que minha postura firme e combativa na defesa de interesses que considero maior começa a incomodar a alguns. Não se preocupem: não sou neste momento candidato a cargos eletivos de representação, seja de associação ou de política representativa (falo neste momento porque se em 2014 me candidatar a síndico do meu prédio vão me cobrar coerência). Acho que minha contribuição ainda é dentro da corporação, e para isso me preparei e continuo me preparando. Quando entrei na PMDF em 1987, ainda Aspirante a minha meta ao final da carreira era ser Comandante-Geral, aliás como deveria ser de todos. Trata-se de aspiração legítima de todo oficial. Sou eternamente grato a minha PMDF por todas oportunidades que tive e que continuo tendo, incluindo a atual de lutar por ideais (lembrai-vos da piramde de Maslow).
Continuarei buscando minha participação na tramitação do PL 5664/2009 porque não admito que defendam posturas em meu nome com as quais não compactuo.
Para isso procuro seguir um principio exaltado por Martin Luther King:

“O que me amedronta, não é o Grito dos Maus, mas o Silêncio dos Justos”

PS: Continuo achando que precisamos cobrar mais para que prevaleça o interesse da maioria. Submeto-me a qualquer decisão de consenso, mas neste momento não identifico isso no fórum das associações. O que percebo é uma postura de muxoxo com fins eleitoreiros e partidários e estão rifando um avanço importantíssimo da PMDF por conta desses interesses.
Por falta de bandeira ficam represando avanços institucionais. Para mim é uma visão medíocre!

Fraternal abraço,
Ricardo Martins

Detalhe: comparecerei a todas reuniões que puder que tratar do PL 5664/2009 e defenderei este ponto de vista. Compareça você também se não concordar com o que está sendo feito nos bastidores.

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