A Polícia Militar do Distrito Federal completou duzentos anos. Muita história, alguma conquista e muito que fazer.
No rastro do marco histórico um sonho antigo dos policiais-militares: plano de carreira, não pelo que ele pudesse representar para instituição, porém muito mais do que ele pode trazer de benefícios individuais. O termômetro tem indicado esta tendência: corrigir frustrações do passado na carreira. Todavia a conjuntura apresenta possibilidades muito maiores do que a importância egoísta: uma guinada na estrutura organizacional a partir do plano de carreira.
Gosto muito de usar clichês, frases de efeito e metáforas para fixar uma idéia. Tenho repetido que a ordem natural das coisas é o cachorro balançar o rabo, mas no caso concreto da PMDF é o rabo que vai balançar o cachorro.
De fato, o que está subjacente ao projeto do plano de carreira é uma sequência de pequenas reformas, que ao final terá a dimensão de reforma administrativa.
“Reforma administrativa: mudança de todos os dias.”
A ciência da administração tem evoluído muito. O pensamento administrativo vem saindo de uma orientação prescritiva, visão cartesiana, estrutura fechada, incentivos definidos, visão limitada do homem e poder centralizado surgido na revolução industrial no século XVIII, para o cenário em que vigora a orientação explicativa, visão holística da organização, estrutura aberta, incentivos flexíveis, visão valorizada do homem e trabalho organizado em equipes autônomas.
Como dar conta de inserir essas mudanças na nossa instituição?
Temos a percepção de que vivemos em ambiente de crise, caos e paradoxos. Fazemos esta autocrítica todos os dias. Só que não nos damos conta que este cenário é parte de nossa realidade, é o nosso material de trabalho. Entretanto é preciso ter em mente também que é necessário planejamento, sobretudo estratégico, para definir o rumo do progresso. E isso nos tem faltado. Mudamos ao sabor da crise do dia. Todos nossos projetos são tratados como uma ocorrência policial sob o prisma do gerenciamento de crises. Confundimos emergência com negligência, falta de planejamento, etc. Mas ainda assim mudamos, porque como dizia o poeta Luís de Camões: “Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades – Muda-se o ser, muda-se a esperança – Todo mundo é composto de mudança, - Tomando sempre novas qualidades. – Continuamente vemos novidades, - Diferentes em tudo da esperança; - Do mal ficam as mágoas na lembrança, - E do bem, se algum houve, as saudades. – O tempo cobre o chão de verde manto, - Que já coberto foi de neve fria, - E em mim converte em choro o doce canto. – E, afora este mudar-se a cada dia, - Outra mudança faz de mor espanto: - Que não se muda já como soía.”
Assim mudamos todos os dias.
Uma pesquisa feita pela empresa de auditorias denominada Price Waterhouse Coopers com duzentos executivos de sucesso no mundo resultou no livro chamado “Princípios de Paradoxos” e apontou para existência de cinco paradoxos na administração:
1. mudanças positivas exigem boa dose de estabilidade;
2. para construir uma organização é preciso focar o indivíduo;
3. tem que focar a cultura organizacional de forma direta e indireta;
4. a delegação de poderes requer uma liderança firme;
5. para construir é preciso destruir. Logicamente que cada um desses aspectos é desenvolvido no livro amplamente.
Mas para nós, neste momento basta imaginar o que isso significa e tentar pensar a nossa amada corporação.
O processo de mudança apresenta também algumas armadilhas:
1. Conceber a mudança como um processo geral, amplo, em que se tem que mudar tudo;
2. Não entender que a mudança ocorre quando se altera um registro crucial que provoca uma reação em cadeia;
3. Achar que mudanças ocorrem por acaso e
4. Desprezar um planejamento estratégico.
A PMDF hoje muda pelo projeto de capacitação do Policial do Futuro, pela adesão do GDF ao Sistema Único de Segurança Pública e pelo seu projeto de Plano de Cargos e Salários e vamos explicar o porquê dessa assertiva.
O projeto Policial do Futuro muda a cultura da instituição, ampliando os horizontes da organização e dos indivíduos que a compõe. A adesão ao SUSP nos coloca em um contexto nacional, forçando-nos a abandonar a nossa ilha de conforto. E o PCS nos indica o caminho da necessidade de mudanças na nossa organização básica, uma completa reengenharia institucional, reformas estatutárias, e no esteio destas várias outras como a reforma do sistema de ensino considerando o nível superior como eixo transversal em todos os quadros, etc.
No caso específico do projeto do plano de carreira, não tem sido fácil o processo, como também não se esperava que fosse.
No bojo de toda caminhada estão embutidos estratégias, decisões de consenso, avanços, inovações, atores diversos, mas também retrocessos.
A história deste tema na PMDF remete ao Projeto de Lei do Deputado Federal Alberto Fraga, que não logrou o êxito desejado. Entretanto, teve o mérito de colocar o assunto na pauta política do Distrito Federal e do Executivo Federal. Em 2007 o Governador José Roberto Arruda assumiu o compromisso público de desenvolver o projeto e nomeou uma comissão. O ato simbólico deste compromisso foi a reunião de policiais e bombeiros militares na Praça do Buriti. Em 2008 as corporações trabalharam em suas propostas institucionais e apresentaram o anteprojeto em 15 de novembro ao Governador. O projeto foi analisado por órgãos do governo do DF e em fevereiro de 2009 surge uma nova crise em razão do projeto das Unidades de Pronto Atendimento de Saúde (UPAS), situação nova no cenário e que provocou mudanças por parte do CBMDF e um retrocesso na discussão. Neste momento assume a coordenação do processo a Secretaria de Segurança Pública do DF. Em seguida o projeto é repercutido com assessores e políticos locais. Nova crise em razão de divergência de opiniões, e o Governador chama a si a coordenação do processo, estabelecendo nova comissão multidisciplinar para uma proposta possível. Finalmente em abril de 2009, após desgastante trabalho chegou-se a um texto de consenso, que não foi o ideal, sob o ponto de vista de muitos, mas o possível diante de tantos atores e obstáculos.
Algumas estratégias se evidenciaram como a adoção definitiva do nível superior nas corporações, a necessidade de consertar questões normativas, a realização de reformas administrativas e a opção por progredir em detrimento de crescer. Esta última estratégia é fundamental para o estabelecimento de um padrão de excelência do serviço prestado ao cidadão. As reiteradas decisões estratégicas de contratar mais pessoal e comprar mais viaturas e armamentos tem ocasionado repetir os mesmos padrões de policiamento e críticas, sucedendo à máxima de proporcionar mais do mesmo. Ou seja, estivemos sempre preocupados com a eficiência, sem mensurar a eficácia e a efetividade. Já passou da hora de mudar isso.
Outro ponto de dificuldade na construção do consenso é o grande número de atores que interferem no processo. Neste cenário estão as instituições militares do DF, políticos locais, políticos federais, órgãos do Distrito Federal, órgãos Federais, Tribunais de Contas (DF e União), Ministério Público, políticos de outros estados da federação, policias militares dos estados e particularmente dos ex-territórios e do antigo Distrito Federal, assessores, associações, lobistas, donos de cursinho, pessoal da ativa e da reserva, detratores, resmungões, enfim, muita gente. E ocorre que tudo isso é legítimo e faz parte do processo decisório democrático. É um erro crasso imaginar que haverá uma proposta que deverá prevalecer. O clima é de conflito, negociações, decisões por maioria e suas conseqüências, e assim segue. Quando se imagina que já se chegou a um consenso, aparece um novo ator gerando novo conflito e daí nova discussão, negociação, etc. Assim, a decisão será sempre política neste cenário e os técnicos são os que viabilizam a decisão.
Houve um momento no processo que foi necessário estabelecer diretrizes políticas para o encaminhamento da questão. Essas diretrizes foram emanadas pelo Governador do Distrito Federal com os seguintes pontos: plano único para PMDF e CBMDF; único sistema especificando postos e graduações; impacto máximo de 5% em 2009 em razão da crise mundial; que possibilitasse a reforma administrativa e que pudesse elastecer o tempo de serviço. Foi somente a partir deste ponto que se chegou a um consenso dentro do Distrito Federal, o que não quer dizer que seja unanimidade em outras instâncias.
O texto do plano permeia atualmente as conversas dentro e fora da corporação. Há muita crítica, mas também muita expectativa boa. Há muita fofoca, fomentada por quem não tem o que fazer, ou que acha que fazer fofoca é sua tarefa. Mas isso também faz parte do processo.
O fato é que o texto seguiu para a Presidência da República, onde deu entrada na Casa Civil. A seguir foi encaminhado ao Ministério do Planejamento Orçamento e Gestão, onde foi exaustivamente discutido com a equipe técnica e o grupo de trabalho do GDF. Sofreu, naquele momento, algumas alterações, que não alteraram crucialmente a proposta original. Finda esta discussão foi remetido à Casa Civil da Presidência da República, onde novamente sofre uma análise apurada.
Imaginávamos que na Casa Civil houvesse mera ratificação dos pontos verificados pelo Ministério do Planejamento: engano. Exatamente naquela instância é que toda carga política de comparações foi realizada. Surgiram novos atores: assessores da Presidência da República, outros órgãos organizados pela União (Secretaria do Tesouro Nacional, Controladoria Geral do União, Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Banco Central),Forças Armadas, que mesmo alguns sem saber estiveram presentes às rodadas de negociação.
Enfim, para sintetizar a enfadonha narrativa do processo de negociação, as equipes técnicas reduziram o conflito a três pontos cruciais, que só poderiam ser decididos no nível político:
1. Se o projeto segue por Medida Provisória ou projeto de lei;
2. Se o projeto das Unidades de Pronto Atendimento de Saúde (UPAS) dos bombeiros do DF pode ser recepcionado com suas inovações;
3. Se a questão do nível superior será tratada em novo dispositivo de lei ou se permanece nos moldes atuais, ou seja, o GDF define sobre este tema de acordo com seu juízo de oportunidade e conveniência.
Realizada reunião no dia 7 de julho de 2009, com a presença do Governador do DF, lideranças políticas locais e membros das comissões técnicas chegou-se ao consenso: serão apresentadas duas versões ao Presidente da República do projeto (Medida Provisória e Projeto de Lei) – tendência de ser MP, depende da decisão do Presidente - ; A questão das UPAS foi debatida e ao final foi afastada a possibilidade da criação do Quadro de Temporários e redimensionada para uma participação menor do Corpo de Bombeiros do DF no projeto, mas ainda dentro da visão de integração das políticas de saúde e segurança pública, como é orientação do Governador do DF; e finalmente a questão do ensino superior foi negociada para que permaneça sendo decidida dentro do poder discricionário do Governador do DF, uma vez que a assessoria técnica da Casa Civil acabou por estabelecer este ponto como sendo o mais crucial de todos. E por quê? Pergunta que pode causar surpresa a muitos.
O fato relevante a ser explicado refere-se aos atores. A União organiza e mantém seus órgãos e os órgãos da segurança pública do DF. Tivesse havido acordo quanto constar em lei o ensino superior para as forças de segurança pública militares do DF, outros órgãos mantidos pela União, e que também buscam este reconhecimento profissional teriam mais um instrumento de pressão sobre a Casa Civil da Presidência da República. Portanto, a Casa Civil utilizou a estratégia de impedir o estabelecimento em lei dessa realidade incontestável das forças militares do Distrito Federal no afã de conter as pressões internas dos órgãos da União que buscam esse avanço. Acresça-se a isso a comparação, a meu ver equivocada e medíocre, de que as polícias militares são forças reservas do Exército Brasileiro, e que por isso não poderiam ter organização e valorização diferente das Forças Armadas. Neste ponto são necessárias algumas explicações.
O sistema de Defesa Nacional e o funcionamento das Forças Armadas Brasileiras se apóiam na formação de reservistas. Assim, o cidadão que presta serviço militar obrigatório se converte em reservista. De igual modo, as Polícias Militares, por serem organizadas baseadas nos princípios da hierarquia e disciplina, acabam também sendo consideradas reservistas. Todavia não estamos falando de time de futebol que tem o titular e o reserva, que fica no banco aguardando para entrar em campo e jogar. As Policias Militares e os reservistas exercem suas atividades profissionais normalmente, e somente em caso de mobilização é que podem exercer atividades relacionadas com as Forças Armadas. Deste modo, especificamente as Polícias Militares pertencem em tempo de paz ao sistema de segurança pública dos estados e do Distrito Federal, e nada tem haver com as Forças Armadas. Quando alguém, inadvertidamente imagina que por serem reservas do Exército as Polícias Militares não podem perceber benefícios superiores aos das Forças Armadas, alguns equívocos se evidenciam. Primeiro: estão invadindo princípios basilares do pacto federativo, ou seja, há uma intromissão na competência dos estados, e em parte, no Distrito Federal. Segundo: pudesse prosperar esse tipo de raciocínio, nenhum cidadão brasileiro reservista poderia perceber salários e outros benefícios superiores ao que recebe um militar da União que possua grau hierárquico superior ao seu ao tempo em que esteve no serviço ativo. Seria a militarização da sociedade, cujo parâmetro seria a hierarquia das Forças Armadas. Absurdo! Ademais como ficaria a questão do inciso XIII do artigo 37 da Constituição Federal que veda a vinculação ou equiparação de quaisquer espécies remuneratórias para o efeito de remuneração de pessoal do serviço público? Portanto não é razoável esse tipo de comparação, muito menos encontra qualquer supedâneo legal. Logo estamos falando de carreiras distintas, que possuem, quando muito, um único traço de identidade e que, portanto, não se verifica qualquer base de comparação dos seus misteres. Assim impedir que os militares estaduais não obtenham avanços em sua formação e carreira a conta de que as Forças Armadas não têm o mesmo padrão é no mínimo um equívoco, para não ser mais contundente. Acresça-se o fato de que outras unidades da federação já superaram há muito essa questão como foi o caso do Rio Grande do Sul e Goiás, só para exemplificar.
Todavia é conveniente enfatizar de que esse tipo de mentalidade tacanha permeia muitas cabeças, como por exemplo, a do Deputado Federal Jair Bolsonaro, autor da PEC 352 em tramitação no Congresso Nacional.
É necessário saber que esse tipo de pensamento ainda grassa por aí e deve ser combatido como abominável preconceito.
O relato que faço é somente no sentido de explicar a complexidade do processo. Por força do artigo 21, inciso XIV da Constituição Federal é de competência da União organizar a manter a PMDF e o CBMDF. Logo, a norma para nos organizar é federal, o que requer processo mais complexo, com a participação de mais atores. Divergências e entendimentos conflitantes são previsíveis, sempre. Esse desenho institucional híbrido, atrelado ao fato de que a lei prevista no § 4º. do artigo 32 não foi editada, remete à noção de que o Distrito Federal possui autonomia mais reduzida que as demais unidades da federação na administração de suas forças policiais. Talvez aí esteja a explicação para o fato de possuirmos ainda marcos regulatórios anacrônicos, defasados e desatualizados que tanto tem engessado a capacidade administrativa de nossa instituição, impedindo avanços importantes como a edição de regulamento de competências e atribuições, mapeamento e estabelecimento de macro-processos e processos, nova forma de organização e articulação, enfim uma série de medidas de gestão que muito contribuiria para a modernização da instituição.
No que concerne ás críticas, elas normalmente procuram apontar o que o projeto não tem. Esquecem de verificar o que ele tem. O plano estabeleceu nova divisão do efetivo dos policiais e bombeiros militares que permite um fluxo de carreira muito bom. Equalizou regras de promoções de oficiais e praças. Incentiva a permanência no serviço por mais tempo para os que desejarem. Modifica a estrutura piramidal das corporações, diminuindo os postos e graduações da base e aumentando os do meio e do topo. Resolve a questão do princípio da inocência para as promoções. Estabelece critérios objetivos nas avaliações de desempenho. Ajusta os interstícios á realidade da carreira, evitando frustrações. Estabelece a equivalência dos percentuais da Gratificação de Certificação Profissional dos cursos de oficiais e praças. Cria as condições para a reengenharia institucional de organização básica. Cria postos e graduações em quadros que estavam trancados. Permite o acesso ao QOPMA E QOPME mais cedo na carreira. Estabelece a exigência do curso de formação em todos os quadros. Procura solucionar uma série de problemas de regras estatutárias e de remuneração, daí ser efetivamente um plano de cargos e salários.
Como todos já percebemos a tarefa não é trivial. Por isso, precisamos estar vigilantes, interessados, participativos, enxergando o que há de bom na proposta, acompanhando os seus passos e neutralizando as resistências. A visão há de ser holística e não egoísta.
Enquanto continuamos a batalha para que ele seja entendido e respeitado, os órgãos de planejamento das instituições continuam trabalhando arduamente escrevendo as normas complementares, para que quando for finalmente editada a Medida Provisória ou Lei desejada, se possa buscar o aperfeiçoamento do processo, com a edição dos decretos necessários.
Por fim, em que pese o meu entusiasmo e compromisso institucional com este projeto, estou ciente de que ele não há de ser uma panacéia para todos os problemas das nossas instituições. O que vislumbro é uma grande oportunidade, proporcionada por todo esse efeito em cascata, em produzir mudanças importantes.
Outro dia, falando para os oficiais da PMDF creio haver citado que este momento nos permite construir uma nova polícia, e por isso fui contraditado por um valoroso oficial da reserva da corporação, que identificou no discurso a intenção de criar uma divisão entre o passado e o presente. Certamente que não me fiz entender, já que essa “nova polícia” sonhada e descrita como tal, permite cada vez mais a participação de todos, inclusive dos que se encontram na reserva, já que querendo, abre-se uma oportunidade para que estejam sempre participantes de todos os encaminhamentos da instituição, podendo inclusive ser designado para o serviço ativo, se assim desejar.
Somos tão mais fortes quanto mais unidos conseguirmos ser. Mas a união não é um estado de pensamentos, mas, principalmente, de ações. Precisamos adquirir a maturidade democrática de aderirmos e defendermos as decisões majoritárias sem sectarismos.
RICARDO DA FONSECA MARTINS – CORONEL PMDF
CHEFE DA ASSESORIA MILITAR DA CASA MILITAR DO GDF
MEMBRO E RELATOR DA COMISSÃO DO PCS
GERENTE DO PROJETO POLICIAL DO FUTURO
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20 comentários:
Prezado Cel Martins. Gostaria de parabenizá-lo pelo trabalho que vem desenvolvendo em prol da aprovação do Plano de Cargos e Salários e também pela ousadia em vir a público para discutir os problemas de nossa Instituição, expondo suas idéias e, com isso, permitindo que outras pessoas reflitam sobre o assunto e formem elas próprias as suas convicções.
Senhor Coronel Martins,
Realmente vemos ao ler os seus comentários, o quanto temos que caminhar e unir nossos pensamentos em prol da segurança e da comunidade. Não sei se o momento seria ideal, mas na última campanha eleitoral, fiz uma proposta ao então cand. Fraga, da criação do quadro administrativo na PMDF, que seria do Soldado a Major (o Sd adm. receberia como 2ª classe e poderia ser nível médio, após cursos internos, poderia ser soldado combatente, etc), as praças também poderiam ser mais ouvidas, mas, porém, conduto, todavia....
Prezado Cel,
O ano de 2010, é o ano do jubileu de ouro da nossa Capital Federal, dessa forma, tenho uma sugestão acerca da medalha Mérito Brasília, sei que institucionalmente, a proposta através da Casa Militar poderia ter outra dimensão, posso enviar-lhe uma proposta, para informação sou lotado na DP, e nossa seção fez as atualizações heráldicas no distintivo de bolso, e também fizemos uma proposta da medalha do bicentenário da PMDF, do qual sei que a barreta de bolso fui o autor. Tenho outras sugestões que possivelmente posso encaminhá-las!? Um abraço...
Senhor Coronel
Durante os trabalhos de elaboração da Constituição de 88 tivemos uma excelente oportunidade para mudarmos a face da polícia, isso não ocorreu devido ao lobby feito por oficiais de todos os estados da federação que acorriam a Brasília para pressionar os congressistas a manterem o vinculo com as forças armadas. Naquele momento em que o poder civil se concretizava, aqueles oficiais ainda apostavam em um retrocesso político que nunca ocorreu e acreditavam, como dizia um certo comandante de unidade, na necessidade de “mantermos alinhados com os ideais da revolução de 64”.
A miopia política terminou vencedora e o legislador constituinte copiou o texto das Constituições de 34, 37, 46, 67, 69(?), em que a as polícias militares são reduzidas à condição de “forças reservas auxiliares do EB” e criando por meio do artigo 144 um modelo de segurança pública estanque e compartimentado, que embora seja um avanço em relação ao modelo da “segurança nacional” é incapaz de atender as novas demandas sociais por um uma concepção sistêmica de segurança pública, unificada e voltada para a aproximação com o cidadão: A Polícia Comunitária.
É inegável que algumas coisas mudaram na PM só que estas mudanças estão sujeitas à boa vontade de alguns abnegados que abdicam da condição de donos da corporação. No entanto ainda estamos sob o jugo das anacrônicas legislações militares, o nosso regulamento ainda é o mesmo aplicado ao Exército, a IGPM ainda controla as PMS (vide portal da IGPM). Sobre a controvérsia da exigência do curso superior para a PM, ela só acontece devido a pecha de militares que carregamos, duvido que tenha havido tanta polêmica quando a PCDF tomou a mesma decisão. Eu me pergunto qual a vantagem que os defensores do militarismo encontram para justificar suas posições? Racionalmente creio que nenhuma, talvez um sentimento sádico de “açoitar” o subordinado utilizando-se de uma legislação draconiana. Ou, quem sabe, uma sensação megalomaníaca de poder? Enfim, só a psicanálise pode explicar.
Não tenho esperanças neste PCS porque ele não atinge o cerne do problema, deveria ser mais abrangente e não deveria se limitar a promover mudanças apenas na PM, mas também na Polícia Civil. A propalada integração não se viabiliza, pois é impossível integrar realidades tão distantes quanto às existentes entre a PMDF e a PCDF. Não que mudanças na segurança pública possam trazer um estado de ordem pública, pois quando este se rompe, nem sempre aquela é a responsável, no entanto, o aparato policial do Estado deve ter um mínimo de organização. Com freqüência vemos no noticiário da TV denúncias do aumento de ocorrências de crimes em determinadas áreas, a população a reclamar e logo após aparece o comandante militar da área com o discurso de sempre: “Vamos aumentar as rondas, aumentar o numero de polícias, etc, etc, etc”. É como se ele tivesse chamando para si a culpa pelo aumento da criminalidade, quando o certo seria deixar claro à opinião pública que a polícia pode fazer muito pouco para resolver o problema da violência; que outras instituições também precisam participar, sobretudo, o governo deve voltar-se mais para o problema.
Esperemos que este PCS possa, pelo menos, corrigir um pouco dos erros da Lei de Vencimentos de 2001.
Altair Machado 3ºSGT QPPMC
Cel. Martins, sou participante do curso de TECSOP, e estou grato por poder frequentar um curso de nível superior patrocinado pela PMDF. Quero também poder falar que a caminhada ainda é grande, e podemos melhorar a política de promoção e salarial dentro desta gloriosa corporação. Estarei confeccionado um estudo preliminar pra entregar no ano de 2010 que pode ser alvo de estudos pela base política para nossa melhoria.
Senhor Coronel Martins,
Encontrei no texto bastante otimismo para o futuro da PMDF, nesse momento que mudanças são ensaiadas.
Tenho esperança que de ver o policial que atua na atividade fim, ser valorizado, só salientando o segundo item do livro citado “Princípios de Paradoxos” - "para construir uma organização é preciso focar o indivíduo".
O que observamos hoje é uma inversão de valores, em que policiais da atividade meio são reconhecidos com escalas e condições de trabalho melhor que as escalas e condições de trabalho dos combatentes da atividade fim.
Gostaria de acrescentar que espero nessa "nova" policia um novo modelo de policiamento, que envolvesse todos os profissionais, hoje uns 20% trabalha e detrimentos de todos.
Sr. Cel Martins , concordo com o senhor em boa parte dos tópicos abordados ,também acho que atravessamos uma época de mudanças importantes na nossa instituição , mas , um trecho em especial me incomodou bastante em seu texto.O senhor realmente acha que este PCS "equalizará" as promoções entre oficiais e praças? Serão necessários 10 anos de polícia para que um soldado preencha todos os requisitos para uma promoção à graduação de cabo(sem garantia nenhuma de que será promovido ,já que dependerá de vagas) , sendo que , nestes mesmos 10 anos , o oficial já estará quase chegando ao posto de capitão. Afora as diferenças salariais até naturais entre oficiais e praças,que passaram loge desta discussão , a não ser que os anos de serviço valham de forma diferente para oficiais e praças , então realmente não vejo como esse PCS possa promover essa "equalização" a qual o senhor se referiu.
Obrigado pelo espaço.
Prezado Cel Martins,
Parabenizo-o pela coerente postura e o pragmatismo que lhe é próprio em desenvolver teus projetos.
Oxalá tenha muito sucesso nesta reconstrução, que sabemos encontra apoio em tantos outro atores.
Me preocupa a insistência de uns, que ignora a evidência, e teima em dimensionar efeitos auréolas para mascarar posturas antigas com roupagem de polícia moderna!
Entre os vícios e acertos, sei que no futuro poderemos dizer de nossa amada Polícia como muito mais orgulho, pelo que ora é construído não ao acaso.
Sucessos e bençãos de Deus.
Danzmann
Prezado Cel Martins,
Desde que o Sr. passou o endereço do blog na aula inaugural do Curso de TECSOP , venho acompanhando as novidades e sempre me atualizo com as diversas informações que o Sr. com muita maestria transcreve neste blog.
Eu sou soldado da ultima turma 2002, portanto de 7 anos como soldado. Não entendi muito o Plano, gostaria de lhe pergunta, como funcionara as promoções para a minha turma. Ao chegar aos 10 anos como soldado, teremos chance de ir a Cabo ou esperaremos ainda alguns anos para abrirem vagas no quadro? O quadro vai travar? o Sr. tem essa projeção?
Desde já , meu muito obrigado
SD GLAUCO (email: glauco.ferre@yahoo.com.br)
Prezado Cel. Martins,
No passado nós os praças da PMDF, tínhamos o sentimento de amarmos a esposa querida de um primo rico. Amávamos a PMDF dos oficiais.
Hoje estamos sentindo que ela também nos ama. Quem sabe amanhã, nós praças e oficiais da PMDF, poderemos declarar em uma só voz: "AMAMOS A PMDF".
Esperamos ser um só corpo com os oficiais da PMDF em um futuro bem próximo.
Estimado coronel Martins, por telefone recebi a notícia do seu blog através de um Sgt,fiquei satisfeito pois acho que este pode ser uma fonte de informação para uma categoria tão carente de notícias oficías.Parabéns!
Primeiramente parabéns por mais esta missão... Comandante, tendo em vista a falta de policiamento em todo o df. Existe um concurso que a pouco tempo foi feito pelo cespe que irá chamar 1500 novos policias, o sr. acha que é suficiente? o sr epera convocar mais? muito obrigado pela atenção
Primeiramente Coronel quero lhe parabenizar pelo assunção do Comando da Gloriosa e desejar que alcance as metas que almejam para nossa instituição. Espero que Vossa Senhoria consiga sanar algumas injustiças que estão ocorrendo no 4°BPM, que acredito a Vossa Senhoria não saber. Quando falo em injustiça me refiro aos serviços extraordinários não gratificados. Como deve ser de conhecimento de Vossa Senhoria constantemente está sendo empregado policiamento na CLDF devido aos acontecimentos recentes. Diante disso, a tropa do 4° BPM também está sendo empregada. Contudo, está causando insatisfação e mal estar entre os policiais o fato de todas, digo todas as tropas de outras unidades estarem recebendo como Serviço Voluntário Gratificado e a nossa trabalhando apenas como serviço extraordinário, o que no mínimo nos torna insatisfeitos, pois todos que estão ali se encontram executando a mesma missão.Vale ressaltar que enquanto lá estamos outros policiais trabalham na área do Guará recebendo SVG, muitos deles colegas da mesma escala de serviço ordinário. Outro fator é a quantidade de serviço extra em nossa unidade, principalmente por ocasião do Campeonato Brasiliense de Futebol, onde duas agremiações mandam seus jogos no Estádio do Cave o que muito sobrecarrega a nossa unidade, que nestes serviços não recebem muito apoio de outras unidades. Ao contrário do que ocorre com nossos policiais, que constantemente são empregados em apoio à outras unidades. Não queremos aqui criar animosidade entre membros que gerenciam nossa instituição e nem mesmo reclamar que estamos trabalhando, pois somos profissionais e sabemos de nossa missão e agradecemos ao Senhor nosso Deus por fazer parte da PMDF. Contudo, o que buscamos com estas informações é esclarecer algumas ações que ocorrem em nossa unidade e que nem sempre chegam ao conhecimento de nossos principais gestores. Neste caso, preferimos o uso do anonimato por receio de represálias.
Desde já agradecemos a atenção do Comandante da PMDF.
St Sales. Caro Cel Martins, em primeiro lugar lhe parabenizo, pela assunção do comando da gloriosa, em segundo lugar gostaria de saber como ficara a situação dos subtenentes da PMDF, o porque da pergunta: o SD com interticio saira Cabo, e assim sussescivamente até SubTenente, e o Subtenente com interticio, saira o que? sendo que no CBMDF o 1º SGT faz o CHO sai Subtenente e aguarda vaga para o Oficialato.
E o andamento para o próximo Curso do CHOAEM, ira preencher todas as vagas existentes? e qual a providência com relação ao Caep? um abraço e boa sorte.
Esse pcs é louvável para todos integrantes da nossa gloriosa PMDF.
Caro Coronel!
com todo respeito venho através deste reclamar do descaso e tratamento nos dado por parte desses funcionários civis, que atendem os telefonemas de emergencia, no último dia 11 de fevereiro quando de serviço voluntário, solicitei apoio de um prefixo de transito, para notificar um elemento que procedia em direção perigosa no posto colorado, e a atendente disse que só solicitaria prefixo se tivesse vitima, fez pouco caso da nossa solicitação desligando por varias vezes e não transferindo para mesa,penso então que se uma pessoa se encontrar em dificuldades não vamos prevenir que o pior ocorra, vamos deixar acontecer e depois remediar, me senti humilhado e abandonado já que o cidadão disse que queria ser multado ou liberado, o que não podia era ficar perdendo tempo naquele lugar, e o pior que o mesmo tinha razão, coletei os dados para aplicar a multa posteriormente, porém do jeito que a banda ta tocando por parte desses atendentes irresponsáveis o policia vai acabar preferindo resolver as ocorrencias no local ou então se omitindo, já que estamos a mercê de um bando de incompetentes do outro lado da linha, digo isso esperando que sejam tomadas providencias para que isso não aconteça, e Deus nos livre se algum dia um parente nosso ou qualquer outro cidadão estiver trancado em um porta malas de um carro a caminho da morte por sequestradores e for usar o celular para pedir socorro, seria melhor que perdesse este tempo rezando pois teria mais chance de salvação, pelo amor de Deus tome providencias para que isso não aconteça e caso queira confirmar a veracidade dos fatos narrados, a atendente chama-se Priscila e a ligação foi feita as 16:00 hs, sugiro até que se mande esses atendentes a um curso de RH para aprenderem a se comunicar. grato!
prezado Cel Martins.Gostaria de saber se o senhor tem alguma proposta de nomenclatura para o cfo. Bem sabemos que o senhor contribui muito para o elevo do nível escolar na PMDF. Torna-se muito incômodo responder vàrias vezes à pergunta de qual é o nosso nível superior e respondemos simplesmente "cfo". todos sabemos que cfo nâo é um título e sim o curso de nível superior para formar oficiais. Gostaria que o senhor nos ajudasse neste assunto.
Prezado Comandante,
Quero saber como está a idéia de terceirizar o serviço de quarda dos quatéis e de viatura. Por que sabemos a dificuldade quando uma viatura baixa, e o efetivo que poderia esta na atividade fim, mas esta realizando o serviço de quarda.
Boa Tarde Cel. Martins, antes de mais nada parabens pelo seu Blog, iniciativa inteligente, aproxima a tropa e tira duvidas, a minha pergunta é pq a proibição do Policial em ver Tv nos Pcs, sendo que nos Postos normais todos tem uma Tv? Será que não vai ser pior se o Policial dormir nos Pcs, pois a unica forma de manter o Policial acordado é a Tv? Pq os computadores que existem nos Pcs a maioria nem tem acesso a internet, muitos deles nem funciona, e mesmo que funcionasse, provavelmente nem poderia usa-los..O que os Policiais farão nos PCS durante a madrugada? Será que não é um incentivo ao sono?
Senhor Coroonel,
Solicitamos proposta de V. Sa para solução de problema ambiental e de segurança no Parque Ecológico Bernardo Sayão, no Lago Sul.
Para conhecer tais problemas, acessar:
http://www.ibram.df.gov.br/003/00301015.asp?ttCD_CHAVE=94351
Obrigado,
Kleber
Lago Sul