quinta-feira, 26 de agosto de 2010



Quando não se consegue explicação ou há falta de notícia, pau na polícia, e militar.

Uma vez mais hoje nos deparamos com notícia sensacionalista, mentirosa, distorcida, sem fundamento, informando a opinião pública de que a PMDF não trabalha, resumindo a história.

Fizeram uma ilação a partir do efetivo geral da corporação e afirmaram que somente uma pequena parte patrulha as ruas. Tal abordagem apoucada, e no mínimo desinformada, induz de que os níveis de eficiência da corporação estejam comprometidos, ainda mais quando se vale de opinião de pseudo-especialista de segurança pública, Coronel da Reserva da Polícia Militar do Estado de São Paulo, que supostamente emitiu opinião sobre o que não conhece: a realidade da PMDF, invadindo até mesmo esfera ética.

Tratam do assunto como se todas as mazelas sociais que envolvem a segurança pública tivessem sua origem em uma escala de serviços de policiais militares de 12X36, que não por acaso é a mesma da PM de São Paulo, e que é o padrão das forças de segurança do Brasil, reconhecido pela política nacional de segurança pública, que o Coronel José Vicente da Silva não foi capaz de induzir, o que somente aconteceu no Governo Lula, diga-se de passagem. Em Brasília o policial militar tem carga horária média de 48h semanais. A "hora extra" paga ao policial militar é para que, se optar por abdicar do convívio familiar na folga, que o faça trabalhando em favor da sociedade. Não é porque determinado Estado não proporciona condições dignas de trabalho a seus policiais que o Distrito Federal deve faze-lo.

De fato, concordo com a afirmativa de que em Brasília todo mundo quer ter um PM ao lado. Digo sempre que minha mulher também tinha essa esperança ao se casar comigo, mas que nem ela conseguiu isso durante o tempo em que estive no serviço ativo, porque as atividades em prol de toda sociedade me retiraram do convívio familiar.

As demandas em Brasília são maiores que qualquer outro Estado da Federação. Por razões óbvias, a capital federal absorve parte da capacidade laboral da corporação para atender suas demandas específicas. Ou seja, a Presidência da República, o Ministério da Justiça, os Tribunais Superiores, o Tribunal de Justiça, a Câmara dos Deputados, o Senado, o Ministério Público, o GDF, autarquias, enfim em quase todas as organizações públicas do Distrito Federal, governo local e Federal, há um PM imprescindível ao funcionamento do órgão.

O pior é que ainda tenho que ouvir essas sandices preconceituosas, porque os críticos de plantão pensam que o policial militar, que exerce seu mister diuturnamente, é considerado um autômato, e tem que ser capaz de resolver todos os problemas que a sociedade não consegue e é o culpado por tudo que aí está. E mais: tem que trabalhar mais.

O estopim da última crise, certamente, foi o abominável crime cometido contra o comerciante da 710 Norte. Era uma tragédia prevista? Sim, certamente e infelizmente outras ocorrerão. Menores recém saídos de Centro de Internação, envolvidos com drogas e particularmente com crack, iniciados na vida do crime desde cedo, onde cumpriam “medida sócio-educativa” – quanto eufemismo – cometeram outro “ato infracional” (entenda-se: latrocínio hediondo), e foram capturados, etc.

Até quando vamos ver esse tipo de aberração? Até quando deixarmos de hipocrisia e concebermos que não tem essa de maioridade penal, e que a pessoa responde por crime conforme sua capacidade de se autodeterminar. E mais: bandido bom é bandido preso.

Resumindo esse lero-lero: a origem do problema não está na escala de serviço coisa nenhuma! Não há lugar no mundo onde haja um policial em cada estabelecimento comercial para que o cidadão se sinta seguro. Este Estado policialesco não foi inventado sequer por Gerorge Orwell em seu livro 1984.

Agora o antídoto para essa manipulação de informação é a transparência. Durante o período em que estive a frente do comando da PMDF procurei publicar no site da corporação temas de interesse da sociedade relacionados com orçamento e gestão. Percebo que, pelo nível de manipulação sensacionalista recorrente da questão do efetivo da corporação e da escala de serviço é necessário publicar o mapa de efetivo na internet, assim como os demais meios operacionais (viaturas, armas, etc). É preciso deixar às claras que policial militar tira férias, fica doente, faz cursos, tem família, filhos, ademais de tudo que toda pessoa faz.

Também tem aquilo que nunca se fala a respeito, como por exemplo:

1. Que nos últimos 15 anos surgiram várias cidades no DF e nunca houve planejamento de segurança pública para elas. Primeiro criam cidades, depois do primeiro crime a PM, sempre a PM, se vira para colocar policiamento, transferindo efetivos de onde já existe pouco.

2. Que anualmente cerca de 400 policiais militares saem da corporação por falecimento, aposentadoria, invalidez, etc. Portanto não há ainda uma política de recomposição mínima de efetivo. Último ingresso ocorreu em 2003, portanto, há mais de 7 anos. Neste período a população cresceu e o efetivo diminuiu, aumentando ainda as atribuições e responsabilidades pelo surgimento de cidades, comércios, etc.

3. Que mesmo havendo dotação orçamentária do Fundo Constitucional suficiente, esses recursos são carreados para outros setores para desonerar o orçamento ordinário do Distrito Federal, ficando a segurança pública sempre com o pires na mão, chorando migalhas. Basta ver como tem sido feito em relação ao ingresso dos concursados da PMDF de 2009, que a todo o momento surge um empecilho a ser vencido. Via de regra, em Segurança Pública, reagimos ao invés de prevenirmos. Lógica totalmente perversa. O pior é que o senso comum assim se convence, vemos propostas políticas para a Segurança Pública voltadas para a reação e não para prevenção. Cuidado!

4. Que a maioria dos governos não apresentou políticas próprias de segurança pública. Sempre fizeram mais do mesmo. Dizem que vão contratar mais policiais e comprar mais viaturas. Atualmente está em marcha uma proposta da corporação apresentada aos candidatos ao governo. Alguns começam a entender um pouco do planejamento estratégico institucional. Essa coisa não tem autoria. É uma imbecilidade pensar assim. É preciso fazer, não importa quem tenha sugerido a idéia. O importante é fazer a coisa acontecer, e tem um monte de gente por aí cheia de vaidades pessoais e arrogâncias que não realizam nada. Pobres de espírito.

5. A mídia tendenciosa, sabe-se lá a serviço de quem, foi incapaz de dar uma nota sequer sobre a conclusão do primeiro Curso de Tecnológo em Segurança e Ordem Pública concluído semana passada. A sociedade, por exemplo, não sabe que 1.000 policiais militares concluíram um curso superior em 2 anos e não obtiveram nenhuma regalia em suas escalas de serviço para realizá-lo, ou seja, estudaram em seus horários de folga para se aperfeiçoarem para prestar melhor serviço à sociedade. E o que ganham em troca? Desconsideração, ultraje e críticas infundadas.

Por fim, vale a máxima que cada povo tem as instituições que merece. Acho mesmo que essa gente desqualificada e mal intencionada que reproduz esse sensacionalismo barato não merece a polícia militar que possui.

Fraternal abraço
Coronel Martins – Federal – 1400
É esse que eu quero!


terça-feira, 24 de agosto de 2010



Prezadas e Prezados,

Tomei conhecimento por colaboradores de que hoje dia 24 de agosto de 2010, mais uma vez de forma canalha e covarde o republicano das alagoas, em minúsculas mesmo, tentou inutilmente denegrir a imagem da corporação perante a opinião pública, lançando a responsabilidade sobre os policiais militares sobre o episódio lamentável de latrocínio de que foi vítima o comerciante da Asa Norte.

Deploramos veementemente a forma covarde com que a corporação vem sendo achincalhada por esse jornalismo marrom e sensacionalista, que distorce os fatos e procura encontrar culpados para sua sanha vingativa.

Quando comandei a corporação tive a oportunidade de dar-lhe a resposta institucional apropriada, em que por diversas vezes adotou a mesma postura de sensacionalismo irresponsável.

Agora, livre das amarras do cargo, posso também externar de modo contundente minha indignação, quanto mais vindo deste remanescente de camarilha corrida do poder.

Está evidente na tragédia que os “menores infratores” foram libertados às vésperas do ocorrido, e após praticarem o crime, e não ato infracional coisa nenhuma, foram capturados pela PMDF.

Atribuir responsabilidade a corporação e não entender que o sistema está comprometido é de uma ignorância latente ou mau caratismo evidente.

Por não suportar mais esse tipo de comportamento canalha é que aceitei o desafio de ser candidato a Deputado Federal e poder defender propostas que possam contribuir para a solução de problemas relacionados à segurança pública.

Para acabar com essa hipocrisia social de maioridade penal ou imputabilidade e extinguir de vez com esse instituto, de modo que as pessoas sejam avaliadas por sua capacidade de autodeterminação.

Chega de menores cometendo crimes abomináveis e serem tratados como coitadinhos. Com 17 anos podem votar. Por que não podem ser responsabilizados por seus atos?

Por outro lado devemos também preservar a instituição Polícia Militar, pelos relevantes serviços que presta diuturnamente à sociedade.

Na hora do sufoco só chamam por Deus e pela PM, todos nós. Atribuir a outrem suas frustrações e fracassos já está por demais desgastado. Quando não se sabe como resolver problemas a catarse cega quer responsabilizar alguém e não se dá conta de que cada um de nós é responsável por este estado de coisas.

Que falar do saidão dos presos?! Mesma coisa! Quantos crimes são cometidos nessas oportunidades?! Por isso precisamos de critérios e controle. Soltar as feras e mandar a PM tomar conta parece brincadeira de criança de polícia e ladrão, e cá entre nós não tem a menor graça essa coisa de retrabalho todos os dias.

Estamos cansados de sermos os responsáveis por todas as mazelas sociais. Deixemos de hipocrisia e mudemos realmente.

Fraternal abraço,

Coronel Martins – 1400 – Este eu quero!
Por um futuro mais seguro.



COMPROMISSO CUMPRIDO!

Conforme intermediamos, o calendário de ingresso dos aprovados obedecerá ao seguinte:

• 06 de setembro: Chamada da 1 turma com 600 (seiscentos) aprovados;
• 13 a 17 de setembro: Cadastro SIAPENET;
• 20 de setembro: Incorporação;
• 27 de setembro: Aula inaugural com presença do Exmo. Gov. Rogério Rosso.

Em breve a publicação no DODF.

Parabéns aos aprovados por mais uma conquista!

Vitória conquistada desde a homologação do concurso quando ainda exercia o cargo de Comandante Geral, um compromisso acima de tudo da Instituição, que se fez forte ante aos obstáculos.

As ações jamais deixaram de ser coordenadas, atenção especial foi dispensada aos novos policiais que aguardavam o ingresso desde 2009. Tive a oportunidade de conhecer jovens bastante interessados e motivados com a oportunidade única de se tornarem Policiais Militares.

Parabéns a todos que lutaram e sonharam este sonho. Tenho certeza que a PMDF será presenteada e saberá receber a todos os novos policiais como profissionais de uma Corporação que caminha rumo a excelência!

A Lei 12.086, com o requisito de 3º grau de escolaridade para ingresso nos quadros da PMDF, tem o condão de transformar cenários e nos conduzir os passos para o futuro. Parabéns aos novos Policiais que serão precursores neste processo!

Sigo com meu compromisso em conduzir nossa Instituição ao progresso!

Fraternal abraço

Coronel Martins 1400

Por um futuro mais seguro! Coronel Martins eu Quero 1400!

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Complementação de Calendário (informações adicionais):

03 de setembro: Divulgação do Edital de Convocação com 540 homens e 60 mulheres;
08 a 15 de setembro: Convocação de 100 (cem) candidatos/dia;
10 de setembro: prévia para avaliação de desistências;
20 de setembro: Apresentação. Data de inclusão.

sexta-feira, 20 de agosto de 2010



Prezadas e prezados,
Recentemente respondi a um questionamento no blog acerca da redução de interstício, o Cb Cabral assim disse: “REDUZIR O INTERSTÍCIO MAIS DE UMA VEZ EM 50% COMO NO BOMBEIRO. É POSSÍVEL NA PMDF OU É UMA FALÁCIA?”
Minha resposta é a seguinte:
Prezado amigo, a PM não pode reduzir mais de 50%.

Por uma circunstância da Lei, o CBMDF conseguiu atravessar uma emenda no lá no Congresso Nacional em que lhes foram criadas as condições para que este fato hoje aconteça.

Não há previsão disto na PM, que aplica a Lei em sua integralidade.

O CBMDF tem aplicado esta regra até a regulamentação da Lei. A emenda foi apresentada por um Deputado Federal de Goiás (Dep. João Campos).

Eu não era Deputado Federal quando das apresentações de emendas no Congresso, mas faz parte do processo legislativo-democrático.

O que torna isso possível para o Bombeiro não é a Legislação atual, mas sim uma anterior que continua sendo aplicada, até a regulamentação da Lei 12086.

Para a PM, aplica-se a regra da 12086, a saber, redução de interstício em até 50%.

Quem fala que reduzirá mais, terá de primeiro alterar a Lei. Quem fala que fui o responsável por isso, dá provas cabais de ignorância sobre processo legislativo.

Fraternal Abraço.
Coronel Martins eu quero, 1400.

Hoje contabilizávamos o número de promoções que a Lei 12.086 proporcionou na PMDF. Foram 8.808 (oito mil, oitocentos e oito) promoções nos últimos 08 meses, em 03 (três) datas de promoção. Este total representa 62% (sessenta e dois) por cento do efetivo da PM.

A quantidade é, evidentemente, significativa!

Fato igualmente importante na Lei 12.086, chamada de “plano de carreira” ou de “plano de cargos e salários” é que em seu bojo surgem para a PMDF muitas inovações que já estão modificando a Instituição:

• Verdadeira reforma administrativa na PMDF;
• Pagamento de indenizações que não tinham base legal;
• Criação do sistema de avaliação de desempenho;
• Fixação de efetivo;
• Critérios de promoção;
• Criação da gratificação de risco de vida;
• Reformulação de processos de gestão na Corporação;
• Colégio Tiradentes;
• Indenização de LE e férias;
• Cursos de carreira;
• Criação do curso de altos estudos para praças (que representa um acréscimo de 30% do soldo de Certificação Profissional.

São muitas coisas boas!

O problema hoje, é que os pessimistas só procuram identificar o que a Lei não tem e não o que ela contém!

Fraternal abraço,

Coronel Martins
Deputado Federal 1400.

quarta-feira, 18 de agosto de 2010



PATRONO DA TURMA POLICIAL DO FUTURO

NOMINATA

SENHORAS E SENHORES

Eis que é chegado o dia!
Essa coisa de Patrono é uma responsabilidade imensa, concordam?
Saint-Exupérry já dizia que somos responsáveis por aqueles que cativamos. Vocês são responsáveis por mim por terem me cativado.
Obrigado pela consideração!

Este momento remete-nos ao mês de agosto de 2008. Naquela ocasião o Coronel Nelson, então Diretor de Ensino da PMDF me convocou e me levou a presença do Coronel Cerqueira que convidou-me para ser o gerente de um projeto denominado Policial do Futuro.

Tratava-se de um projeto desenhado por um grupo liderado pelo Coronel Nelson e que tinha a meta ambiciosa de formar 5.000 policiais militares em um curso superior que estava sendo construído em parceria com a Universidade Católica de Brasília com a participação das Professoras Bernadete e Marcelle e com o apoio do Professor Francisco Botelho e do Padre Degasperi.

Não hesitei e aceitei o desafio de plano, ante a nobreza da missão. Muita coisa tivemos que construir e obstáculos tiveram que ser vencidos desde então: a malha curricular, a carga horária, a aprovação do curso pelo MEC, as normas da bolsa, os questionamentos e investigações do Tribunal de Contas, a adaptação ao modelo de EAD e tanta coisa mais.

(NELSON, BERNADETE – QUANTAS REUNIÕES? QUANTAS NEGOCIAÇÕES? QUANTA DETERMINAÇÃO. EIS O RESULTADO!

Quando divulgamos para a sociedade nossos objetivos, fomos alvo de curiosidade, e estivemos, Nelson e eu, difundindo a idéia pelo Brasil a fora. O governo federal aderiu ao nosso projeto. As conseqüências continuam reverberando pelo país.

Lembro-me perfeitamente do dia em que compareci ao primeiro encontro presencial e disse-lhes que este curso era como um casamento que não admitiria divórcio.

Vaticinei as dificuldades ante ao novo modelo pedagógico de educação à distância, e que possivelmente haveria quem já estivesse imaginando a festa de formatura, todos de beca, tendo a professora Jussara já se convidado para o baile, porém faltava realizar o curso. Estávamos nós administradores da PMDF, professores, alunos, enfim todos, sonhando e ansiando por este momento.

Todavia o percurso não tem sido fácil, bem sabemos. Se a satisfação é imensa, os problemas também são exponenciais. Não importa: vencemos todas as dificuldades.

Perdemos na caminhada estimados companheiros que nos deixaram nesta existência e deles estamos saudosos.

Orgulhamos-nos daqueles que superaram momentos difíceis em suas vidas, como o colega que testemunhou o quanto este curso foi importante na aceleração de sua recuperação de uma enfermidade. E quantas histórias pessoais de superação temos para contar? Cada um certamente tem a sua.

Que dizer dos policiais militares que entenderam o desafio e a oportunidade e foram concluir seus estudos de nível médio através do projeto ENSEJA e hoje estão matriculados no TecSop?

Identificamos muita gente que tem feito a diferença neste processo. Ressalto, por oportuno os professores Nelson, Bernadete, Marcelle, Francisco Botelho, Jussara, Daniel, Núbia, nas pessoas de quem homenageamos todos os professores e funcionários da univerdade, o Coronel Niño, que me sucedeu na gerência do projeto quando fui designado Comandante-Geral, na pessoa de quem saudamos todos os integrantes das comissões que administram o projeto na corporação.

Necessário também evidenciar a decisão do então Governador Arruda que entendeu a importância do projeto, e do Governador Rogério Rosso que continuou apoiando e incentivando.

Tomo a liberdade de me incluir neste rol por compartilhar da alegria de ter participado do nascimento, desenvolvimento e formação deste filho querido, desejado e amado. Sim, este curso tem o valor de um filho para todos nós que a ele nos dedicamos e estamos orgulhosos deste momento como pais zelosos.

Em meus arroubos de modesta literatura, em outubro de 2009 escrevi uma crônica intitulada A UNIVERSALIDADE DAS EXPERIÊNCIAS DE VIDA, que publiquei ano passado no Blog do Martins, e que peço a tolerância para reproduzi-la neste momento, por considerá-la atual e oportuna.



A UNIVERSALIDADE DAS EXPERIÊNCIAS DE VIDA
Cheguei a pouco do supermercado. Ao passar pela gôndola de enlatados comprei três latas de sardinhas Coqueiro. Não resisto. Todas as vezes que vejo sardinhas Coqueiro sou acometido de uma vontade irresistível de comprá-las.
Não sou propriamente apaixonado por sardinhas em conserva, mas isso tem uma explicação sentimental.
Até meus doze anos de idade morei em um bairro do município de São Gonçalo, no estado do Rio de Janeiro, chamado Porto da Madama. Em frente à rua onde morava havia uma “fábrica de sardinha”, como chamávamos – Sardinhas Coqueiro.
Minha infância foi animada e cheia de travessuras. Uma delas era ir ao cais aonde chegavam os barcos pesqueiros com sardinhas, para assistir ao descarregamento. Quando um cesto caía ao mar, o mestre do barco gritava: “Só quero o cesto.” E lá íamos nós mergulharmos para resgatar o cesto com sardinhas, que depois eram vendidas na vizinhança e se transformava no dinheirinho do cinema Nanci de domingo e suas porno-xanxadas.
Ocorre que, certo dia, fomos convocados pelo dono da fábrica de sardinhas que queria falar conosco. Apareceu um gerente e mandou que nós levássemos as listas de material escolar e entregássemos na administração. Vinte dias depois fomos chamados de novo e lá estava tudo, tudinho mesmo, embalado com maior carinho. Abri meu pacote e vi o livro “A mágica do saber”, estojo de lápis de cor, régua, tabuada, cadernos, uniforme, etc. Ainda hoje, lembro da quadrinha do texto de abertura do livro: “Coitado do mentiroso, mente uma vez mente sempre. Mesmo que fale a verdade. Todos lhe dizem que mente.” Ficou a primeira lição que ainda carrego comigo.
Sinto que ali nasceu uma vontade insaciável de aprender sempre. Já me apaixonei pelos estudos militares, passei pelas Letras, pelo Direito, pela doutrina de segurança pública, pelos princípios da administração pública, do inglês, do espanhol, etc. Sempre há um tema interessante para aprender.
Já beirando meus cinqüenta anos continuo estudando por uma questão de necessidade e paixão. De certo não é nenhum ato heróico. Entretanto, o sentimento de gratidão e reconhecimento que tenho para com as Sardinhas Coqueiro, dedico agora à nossa Polícia Militar do Distrito Federal que me proporciona conquistar a segunda pós-graduação, desta feita em Administração Pública na Fundação Getúlio Vargas.
Pensando um pouquinho mais no assunto, tenho certeza de que este sentimento não me é exclusivo. Milhares de policiais militares do Projeto Policial do Futuro, e tantos outros que também aproveitam a oportunidade para se capacitarem, devem estar experimentando o sabor de suas conquistas, e sendo pessoas que cultuam a justiça, a gratidão e o reconhecimento também devem estar invadidas por esses sentimentos.
Neste ponto, nossas experiências assumem um caráter universal e muitos enxergarão nas gôndolas da vida suas latinhas de sardinhas Coqueiro, que não deixam escapar da memória os fatos marcantes e as pessoas que fizeram a diferença.
Bom final de semana,
Fraternal abraço
Ricardo Martins
O texto continua no arquivo do blog.

Portanto, ao vê-los aqui, felizes por terem alcançado por seus méritos a conclusão deste pioneiro curso superior de Tecnólogo em Segurança e Ordem Pública, felicito a todos os concludentes e suas famílias pela consecução de mais este estágio de aprimoramento pessoal em suas vidas, e concito a todos que não se olvidem daqueles que fizeram a diferença neste processo.

Está de parabéns ainda a nossa Polícia Militar do Distrito Federal, por ter entendido que a valorização profissional passa necessariamente pela elevação da auto-estima gerada pelos processos de formação e capacitação profissional, chamando a atenção de que a educação é um processo continuado e deve estar presente sempre em nossas instituições.
Por fim, só gostaria de desejar a todos muitas felicidades e dizer que esta história não termina aqui. Já vislumbro em breve os cursos de pós-graduação a que vocês deverão ter acesso, por terem obtido com méritos a sonhada graduação superior.

Batam no peito doravante e digam a todos quantos possam: “Minha corporação é composta em sua totalidade por profissionais de nível superior.”
Orgulhemo-nos do que somos!
Parabéns e que Deus os proteja sempre!

RICARDO MARTINS. - PATRONO

segunda-feira, 16 de agosto de 2010


Prezados e prezadas,

O silêncio prudente e a paciência monástica se desfazem neste momento ante a decisão unânime do TRE em homologar nossa candidatura.

A confiança na Justiça e o conhecimento no processo já indicavam que esta seria a decisão.

SOMOS CANDIDATOS MAIS DO QUE NUNCA!

Arregacemos as mangas que há muito trabalho até o dia 03 de outubro.
Não há tempo para lamúrias, lamentações ou para tripudiar sobre os detratores ignorantes. Para estes o remédio é o salmo 56.

Agora vamos à luta e à vitória!

Fraternal abraço.

Chega de lero-lero, para FEDERAL CORONEL MARTINS 1400!

sexta-feira, 6 de agosto de 2010


De uns tempos para cá na PMDF, começou a surgir uma prática nefasta e canalha de tentar denegrir as pessoas através de dossiês fajutos e forjados assim como a divulgação de textos apócrifos. Coisa de moleque covarde, que não tem coragem de se assumir perante a organização.

As vezes que tomei conhecimento de fatos dessa natureza, adotei as medidas legais requeridas de apuração e instauração dos processos penais, alguns ainda em andamento. O tempo e os processos se encarregarão das conseqüências.

Eis que novamente hoje tomo conhecimento de outro texto anônimo que está sendo distribuído pelas repartições da corporação, de forma covarde como, por exemplo, deixando exemplares no banheiro para suscitar o caráter clandestino, que tanto causa interesse aos incautos.

Não divulgarei o inteiro teor do texto, para não reverberar sandices, embora seja oportuno esclarecer alguns pontos que a peça de Pirandelo contém, e desde já peço desculpas àqueles, que não sabendo do que se trata, não entenderão sequer do que estamos falando. Reporto-me, pois, ao autor fronteiriço e aos que eventualmente tenham tomado conhecimento do fato.

Algumas leituras importantes ajudam a entender o ser humano e a ter misericórdia pelos ignorantes. Perdôo porque não sabem o que falam!

Durante um culto evangélico a que compareci recentemente, de elevada espiritualidade, fui presenteado com uma Bíblia Sagrada. Iniciei a leitura de modo aleatório e me deparei com o Salmo 56 que diz assim:

1 Tem misericórdia de mim, ó Deus, porque o homem procura devorar-me; pelejando todo dia, me oprime.
2 Os meus inimigos procuram devorar-me todo dia; pois são muitos os que pelejam contra mim, ó Altíssimo.
3 Em qualquer tempo em que eu temer, confiarei em ti.
4 Em Deus louvarei a sua palavra, em Deus pus a minha confiança; não temerei o que me possa fazer a carne.
5 Todos os dias torcem as minhas palavras; todos os seus pensamentos são contra mim para o mal.
6 Ajuntam-se, escondem-se, marcam os meus passos, como aguardando a minha alma.
7 Porventura escaparão eles por meio da sua iniqüidade? O Deus, derruba os povos na tua ira!
8 Tu contas as minhas vagueações; põe as minhas lágrimas no teu odre. Não estão elas no teu livro?
9 Quando eu a ti clamar, então voltarão para trás os meus inimigos: isto sei eu, porque Deus é por mim.
10 Em Deus louvarei a sua palavra; no SENHOR louvarei a sua palavra.
11 Em Deus tenho posto a minha confiança; não temerei o que me possa fazer o homem.
12 Os teus votos estão sobre mim, ó Deus; eu te renderei ações de graças;
13 Pois tu livraste a minha alma da morte; não livrarás os meus pés da queda, para andar diante de Deus na luz dos viventes?

A mensagem do salmo é clara.

ANTIGUIDADE É POSTO? – Assim começa o texto sem dono.

Endosso: antiguidade é posto nas organizações militares. Mas não é só antiguidade que rege as relações hierárquicas nas instituições militares.

O assunto, em tese, merece ser discutido sempre. Porém, a forma sub-reptícia como se apresenta, evidencia mais o ato de covardia dos incompetentes e covardes que se escondem no anonimato para externar suas idéias apoucadas do que a discussão franca e salutar.

A despeito de tudo, alguns pontos que merecem esclarecimentos, porque um ignorante com iniciativa, como dizia Napoleão, merece ser aniquilado.

Pelo tom choroso e pelo tipo de abordagem, muito provavelmente trata-se de oficial do último posto da corporação, que mal acostumado, não percebeu que perdeu o bonde da história e esperneia por seu lugar na corporação e apresenta como predicados e requisitos a única coisa que provavelmente tem: sua antiguidade. Não se deu conta que nos tempos atuais são exigidas qualificação e competência para as funções de gerência estratégica da corporação. Os cargos devem ser ocupados com base nesses princípios.

Em suma: é preciso se preparar, estudar, se qualificar, como aliás têm feito oficiais e praças de todos os quadros. Somos todos agora profissionais de nível superior! Lembram-se?!

Aquele modelo de policial militar que só possui como argumento a exibição de suas insígnias e estrelas já morreu!

O infeliz autor, se arvorando em parco conhecimento jurídico, teve a infelicidade de citar parte do Estatuto dos Policiais Militares no DF, a Lei 7.289 de 1984, modificada pela Lei 7.475 de 1986, que trata do princípio da hierarquia no artigo 13, § 1º.

Esqueceu-se por ignorância ou conveniência, todavia, de mencionar o artigo 16 da mesma Lei, que assim estabelece:

Art 16 - A precedência entre os policiais-militares da ativa, do mesmo grau hierárquico, é assegurada pela antigüidade no posto ou na graduação, salvo nos casos de precedência funcional estabelecida em lei ou regulamento.

Portanto, ainda que tenha me sentido lisonjeado, por ter sido apontado pelo fofoqueiro de plantão, como autor da Lei 12.086, lamento dizer que não o sou, ainda que desejasse ter sido.

A lei é resultado de um processo legislativo de iniciativa do Executivo Federal e votada no Congresso Nacional. Eu nunca fui parlamentar, e somente agora me apresento como candidato, exatamente para poder interferir de modo incisivo na modernização e busca de melhorias para as Instituições de segurança pública e seus membros.

De fato, fui relator de uma comissão que elaborou o texto do anteprojeto que resultou, após discussões e modificações em várias instâncias, no projeto que foi levado ao Congresso, que recebeu cerca de 90 emendas (algumas boas, outras nem tanto) e finalmente virou a Lei, que hoje representa um marco nas instituições militares do DF, por seu caráter reformador e transformador.

Agradeço pelo reconhecimento pelo esforço que despendi no processo, a ponto de ser nomeado “autor da Lei”. De fato, não fiquei sentado aguardando que decidissem meu futuro. Participei ativamente do processo no momento e fóruns adequados e disso tenho muito orgulho.

A novidade de que tanto se queixa o medroso autor, trata-se da designação para os cargos, calcada sob dois requisitos: competência e habilitação. Graças ao bom Deus pudemos quebrar o paradigma do atraso!

Realmente, colocamos um tubarão no aquário para tirar da inércia os incompetentes, e particularmente quisemos e conseguimos acabar com práticas abomináveis que tanto criticamos sobre autoritarismos, mordomias, privilégios. Autoridade se exerce com conhecimento, trabalho e dedicação.

Práticas como: ter várias viaturas a disposição, grupo de apoio formado por 15 ou 20 policiais, cinco secretárias, dez motoristas, telefones celulares, aparecer para trabalhar quando tiver vontade, não ser avaliado pelo seu desempenho, e tantas outras mais, ou já morreram ou estão com seus dias contados.

Recentemente, ainda no meu comando, percebi que quando designei uns poucos para os cargos de direção a única preocupação era quanto à viatura e o celular, sinônimos de ostentação do poder. Sobre as atribuições e responsabilidades, às vezes, pouco ou nenhum interesse. Ressalto que isso se deu em relação a uma minoria descomprometida. Quem foi que disse que Coronel não precisa prestar contas de suas atribuições e responsabilidades? A regra é clara e para todos!

Acusou-me o fronteiriço de ter sido infiel por nomear pessoas com convicções políticas contrárias ao governo atual, não percebendo que ao revelar esse dado está corroborando os critérios de imparcialidade adotados. O bom dessa discussão é que obtive o atestado de que não privilegiei as pessoas por fazerem parte de uma patota e sim pelo compromisso com a instituição, independentemente de suas convicções políticas, da turma a que pertencem ou qualquer outra coisa.

Realmente, a partir do choramingo travestido de carta anônima, percebo que as coisas começaram a mudar e continuam mudando, e certamente seguirão no sentido seguro e correto.

Entretanto, há muito mais que precisa melhorar. Por exemplo, é necessário verificar se o texto foi produzido em um computador da PMDF e se o papel utilizado para tentar, inutilmente, desmerecer a instituição do Ex- Comandante Geral, que de tão moderno já se transferiu para a Reserva Remunerada por contar mais de 30 anos de serviço, foi retirado do Erário.

Lembrem-se: utilizar patrimônio público para difamar pessoas representa ato de improbidade administrativa sujeito aos rigores da lei. O Estado não existe para ser utilizado dentro de uma visão patrimonialista pelos seus agentes. Depois não vá se queixar das conseqüências por haver agregado mais um processo judicial no rol dos fardos que carrega.

Sugiro, sinceramente, que canalize seu esforço para o trabalho em prol da instituição e produza alguma coisa. Você verá que o reconhecimento vem como consequência.

Se eu soubesse quem você é e ainda pudesse, certamente lhe matricularia em um curso politicamente incorreto de reciclagem, como se dizia antigamente, para aprender um pouco mais sobre chefia e liderança.

Gostaria que você deixasse sua marca, comprometendo-se e botando sua cara a tapa. Não fique se esgueirando pelo anonimato. Assuma postura de homem!

Desculpem-me os leitores pela diminuição do nível, mas não tive outro meio de responder a esse infeliz que não este.

Com minhas sinceras desculpas e um fraternal abraço.

Coronel Martins – 1400
Por um futuro mais seguro.

Visite o site: www.coronelmartins1400.com.br

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BRASÍLIA, Brazil
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